Amy Winehouse: crônica de uma morte anunciada
Polícia diz não saber a causa da tragédia, mas suspeita de overdose; cantora sofria problemas com álcool e drogas
Londres. A cantora britânica Amy Winehouse, uma das mais talentosas artistas de sua geração, cuja música "Rehab" se tornou o hino da problemática cultura das celebridades, morreu, ontem, em Londres aos 27 anos de idade.
Ela ganhou várias vezes o Grammy e era famosa por seu penteado, voz de cantora de soul e comportamento errático - tanto no palco como na vida pessoal. Amy foi encontrada morta em sua casa em Camden, no norte de Londres. A Polícia foi chamada ao local por volta de 15 horas locais (meio-dia em Brasília).
"Nesta fase inicial, prosseguem as investigações sobre a morte. Está sendo tratada como inexplicável", afirmou um porta-voz da Polícia. A suspeita é de que ela tenha morrido por overdose de drogas. A autópsia deve ser concluída hoje.
"Estamos profundamente entristecidos com a perda súbita de uma música e artista tão talentosa", afirmou a gravadora Universal em comunicado. "Nossas orações estão com a família de Amy, seus amigos e fãs neste momento difícil", acrescentou.
Vícios
Há muito tempo amigos e parentes alertavam que o estilo de vida de Amy, que a levaram várias vezes a centros de reabilitação de dependentes químicos e afetaram sua carreira, poderiam conduzir à sua derrocada.
No início deste mês, Amy bebeu até "apagar" pelo menos três vezes em uma semana, segundo o tabloide "The Sun". O radialista e DJ Paul Gambaccini, amigo da artista, disse que a morte prematura infelizmente não era nenhuma surpresa.
"Nós temíamos essa notícia há algum tempo, e tínhamos esperança de que ela daria uma virada, mas ela não deu mostras de ser capaz de fazer isso. Ela simplesmente não podia controlar-se. É trágico porque os álbuns dela eram magníficos. Nós temos 40 anos de discos de Frank Sinatra, e acontece que somente temos dois discos de Amy Winehouse", lamentou. Os problemas da britânica com drogas e álcool começaram com sua carreira musical e atraíram cada vez mais as atenções da mídia à medida em que sua fama crescia. Em 18 de junho passado, ela teve sua turnê cancelada na Europa após uma performance desastrosa em Belgrado, na Sérvia, sem que sequer conseguiu cantar e foi muito vaiada.
Sua aparição pública mais recente aconteceu na última quarta-feira. Ela fez uma participação surpresa durante um show de sua protegida, a cantora de 15 anos Dionne Bromfield, em Londres. Segundo a imprensa britânica, ela subiu no palco aparentemente bêbada, dançou e pediu que o público comprasse o disco de Bromfield.
Durante a tarde e a noite de ontem, dezenas de fãs e curiosos se reuniram diante da casa onde Amy vivia, em Londres, para prestar as últimas homenagens. Havia muitos brasileiros.
"Eu não esperava estar aqui e presenciar a remoção do corpo de Amy. Fiquei chocada", disse a estudante Vitória Cipolla, 28, que testemunhou o momento em que policiais carregaram o corpo da cantora para fora de sua residência.
Terceiro CD
Segundo a revista "People" um suposto terceiro álbum de Amy sofreu atrasos por causa da última internação da cantora numa clínica de reabilitação, mas já estaria pronto.
"Ela finalmente terminou o álbum e está pronto para sair. Eles estavam prestes a definir uma data de lançamento e isso (a internação) aconteceu. Eles não podem dar uma data específica até que eles saibam que ela vai sair", afirmou uma fonte à revista. O disco, no entanto, já havia sido anunciado para janeiro deste ano, e não saiu. Em julho de 2010, a cantora disse ao "Metro" que o trabalho sairia em seis meses. Durante a entrevista, Amy afirmou que as músicas soariam muito parecidas com aquelas ouvidas em "Back to black", de 2006.
Na mesma época, no entanto, o produtor Mark Ronson garantiu que as faixas nem haviam começado a ser gravadas. "Amy não começou a trabalhar em seu próximo disco ainda. Quando ela tiver 10 músicas, vamos ao estúdio juntos", destacou
A última música lançada por Amy foi um cover de "It´s my party", incluída em um disco do produtor Quincy Jones, lançado no ano passado.
Também é aguardado para setembro o lançamento de uma participação da inglesa cantando "Body and soul" no novo disco do cantor Tony Bennett.
Biografia
Amy Winehouse nasceu em Londres, em 14 de setembro de 1983, em uma família judia. Começou a ouvir jazz quando ainda era criança e formou a primeira banda aos dez anos. Filha de uma farmacêutica e de um motorista de táxi, com o qual tinha uma relação conturbada, ela cresceu na área de Southgate, no norte de Londres. Seus tios maternos eram músicos de jazz profissional.
Aos 16 anos, Amy passou a cantar profissionalmente. O primeiro disco, "Frank", foi lançado quando ela completou 20 anos e produzido por Salaam Remi. O segundo trabalho, "Black to black", saiu em 2006. O disco foi produzido por Mark Ronson e tinha como banda de apoio os Dap Kings, que também se apresentaram recentemente no Brasil. Foi "Back to black" que consagrou a cantora. O trabalho lhe rendeu cinco prêmios Grammy, o Oscar da música internacional.
Repercussão
Tristeza
"É uma perda muito triste de uma grande amiga, com quem passei ótimos momentos. Dedicarei um show a ela".
Ron WoodGuitarrista da banda Rolling Stones
"Meu coração vai para a sua família. Que a sua alma perturbada encontre finalmente a paz".
Demi MooreAtriz
"Vida de artista é clichê. Ou morre de overdose, ou entra para uma seita ou vive em rehabs"
Rita LeeCantora
SINAIS DA DEPENDÊNCIACantora decepcionou, mas recebeu carinho no Brasil
A tão aguardada passagem de Amy Winehouse pelo Brasil, em janeiro deste ano, prometia marcar a volta por cima da cantora britânica. Os shows de Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo foram as primeiras apresentações da popstar depois de ela ter passado meses afastada dos palcos, tentando se reerguer do abuso de drogas e álcool e dos vexames provocados pelos vícios e escândalos conjugais, que frequentemente eram manchetes dos tabloides.
No entanto, o que os fãs brasileiros viram nos shows foram apresentações curtas, marcadas por uma presença de palco tímida quase sem interação com o público e ofuscadas por alguns momentos constrangedores, como quando a artista esquecia as letras das canções ou não conseguia atingir as notas musicais de seus principais sucessos.
"A gente sentia que ela não estava bem, dava para perceber sintomas de dependência química. Ela tropeçou e saiu do palco várias vezes", conta o publicitário cearense Norton Falcão, que assistiu ao show de Recife, em 13 de janeiro.
A jornalista Virna Macedo, que seguiu de Fortaleza de ônibus só para ver de perto o ídolo no Centro de Convenções Pernambucano, disse que a cantora inglesa "deixou muito a desejar" em pouco mais de uma hora de apresentação. "Parecia que estava faltando alguma coisa. Ela não interagia com o público, não tinha a potência de voz que a gente estava acostumado a ouvir e, muitas vezes, não chegava a todas as notas. Foi muito triste para quem esperava uma cantora do porte como ela", lamenta a fã.
Virna recorda, que apesar da frustração, os fãs brasileiros foram calorosos e histéricos durante todo o show de Recife. Quando a cantora caiu no palco enquanto tentava ensaiar passos acrobáticos de dança, o público evitou as vaias, diferentemente do que aconteceu meses depois na Europa. Eles incentivaram Amy, especialmente nos momentos em que ela bebia em cima do palco. Fosse álcool ou água, pouco importava para a plateia.
"Os brasileiros comemoravam a cada música. Em vez de vaiar, eles vibraram com a queda dela. Toda a plateia foi abaixo", lembrou.
Após saber da morte de Amy, a jornalista que quase desistiu de ir ao show, disse que o momento vai ficar para sempre na memória. "Ela vai deixar um vazio muito grande. Ela realmente não era desse mundo".
COINCIDÊNCIA MÓRBIDA´Clube dos 27´ ganha mais uma integrante
Amy Winehouse passa a integrar um trágico grupo de estrelas da música que morreram aos 27 anos - o chamado "clube dos 27".
Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones, o guitarrista Jimi Hendrix, a cantora Janis Joplin, o vocalista do The Doors, Jim Morrison e Kurt Cobain, líder do Nirvana são alguns outros "representantes" do malfadado grupo.
O primeiro a morrer aos 27 foi Brian Jones, que deixou os Rolling Stones após desentendimentos com os outros membros da banda. Ele enfrentava problemas com álcool e drogas.
Jones morreu afogado na piscina da sua casa em Sussex, sudeste da Inglaterra, em julho de 1969. O corpo foi encontrado pela sua namorada. Um inquérito policial registrou a morte como acidental, mas até hoje especula-se se o músico não teria sido assassinado.
Hendrix, o mago das guitarras e autor de sucessos como "Purple Haze" e "Hey Joe", entrou para o grupo no ano seguinte. Ele se engasgou com seu próprio vômito em um hotel de Londres, em 18 de setembro de 1970, após ingerir pílulas para dormir e beber vinho tinto.
Menos de um mês depois, em 4 de outubro, Joplin morreu também aos 27 anos. Conhecida pelo seu vozeirão estilo blues, a cantora norte-americana morreu possivelmente por uma overdose de heroína. Seu álbum "Pearl" foi lançado postumamente e tornou-se um recorde de vendas.
Em 1971, Morrison entrou para a lista fatal. O vocalista de sucessos do The Doors, como "Light My Fire" e da obra-prima apocalíptica "The End" morreu em uma banheira num hotel de Paris em 3 de julho, obeso e alcoólatra. A causa da morte do "Lizard King´s" (rei lagarto, numa tradução literal) foi divulgada como sendo um ataque cardíaco, mas uma autópsia nunca foi realizada, o que deu origem a teorias da conspiração.
Cobain, que morreu em abril de 1994, enfrentou uma notória e pública luta contra a heroína durante sua breve carreira junto ao grupo norte-americano Nirvana. Mas não foram as drogas, no entanto, que tiraram a vida do guitarrista diretamente.
Poucas semanas após ele sofrer uma overdose de tranquilizantes, Cobain, que era casado com a roqueira-problema Courtney Love, se matou com um tiro de espingarda em sua casa, em Seattle (EUA).
Após a tragédia, sua mãe, Wendy, lamentou: "Eu disse a ela para não se juntar a esse clube idiota".
Londres. A cantora britânica Amy Winehouse, uma das mais talentosas artistas de sua geração, cuja música "Rehab" se tornou o hino da problemática cultura das celebridades, morreu, ontem, em Londres aos 27 anos de idade.
Ela ganhou várias vezes o Grammy e era famosa por seu penteado, voz de cantora de soul e comportamento errático - tanto no palco como na vida pessoal. Amy foi encontrada morta em sua casa em Camden, no norte de Londres. A Polícia foi chamada ao local por volta de 15 horas locais (meio-dia em Brasília).
"Nesta fase inicial, prosseguem as investigações sobre a morte. Está sendo tratada como inexplicável", afirmou um porta-voz da Polícia. A suspeita é de que ela tenha morrido por overdose de drogas. A autópsia deve ser concluída hoje.
"Estamos profundamente entristecidos com a perda súbita de uma música e artista tão talentosa", afirmou a gravadora Universal em comunicado. "Nossas orações estão com a família de Amy, seus amigos e fãs neste momento difícil", acrescentou.
Vícios
Há muito tempo amigos e parentes alertavam que o estilo de vida de Amy, que a levaram várias vezes a centros de reabilitação de dependentes químicos e afetaram sua carreira, poderiam conduzir à sua derrocada.
No início deste mês, Amy bebeu até "apagar" pelo menos três vezes em uma semana, segundo o tabloide "The Sun". O radialista e DJ Paul Gambaccini, amigo da artista, disse que a morte prematura infelizmente não era nenhuma surpresa.
"Nós temíamos essa notícia há algum tempo, e tínhamos esperança de que ela daria uma virada, mas ela não deu mostras de ser capaz de fazer isso. Ela simplesmente não podia controlar-se. É trágico porque os álbuns dela eram magníficos. Nós temos 40 anos de discos de Frank Sinatra, e acontece que somente temos dois discos de Amy Winehouse", lamentou. Os problemas da britânica com drogas e álcool começaram com sua carreira musical e atraíram cada vez mais as atenções da mídia à medida em que sua fama crescia. Em 18 de junho passado, ela teve sua turnê cancelada na Europa após uma performance desastrosa em Belgrado, na Sérvia, sem que sequer conseguiu cantar e foi muito vaiada.
Sua aparição pública mais recente aconteceu na última quarta-feira. Ela fez uma participação surpresa durante um show de sua protegida, a cantora de 15 anos Dionne Bromfield, em Londres. Segundo a imprensa britânica, ela subiu no palco aparentemente bêbada, dançou e pediu que o público comprasse o disco de Bromfield.
Durante a tarde e a noite de ontem, dezenas de fãs e curiosos se reuniram diante da casa onde Amy vivia, em Londres, para prestar as últimas homenagens. Havia muitos brasileiros.
"Eu não esperava estar aqui e presenciar a remoção do corpo de Amy. Fiquei chocada", disse a estudante Vitória Cipolla, 28, que testemunhou o momento em que policiais carregaram o corpo da cantora para fora de sua residência.
Terceiro CD
Segundo a revista "People" um suposto terceiro álbum de Amy sofreu atrasos por causa da última internação da cantora numa clínica de reabilitação, mas já estaria pronto.
"Ela finalmente terminou o álbum e está pronto para sair. Eles estavam prestes a definir uma data de lançamento e isso (a internação) aconteceu. Eles não podem dar uma data específica até que eles saibam que ela vai sair", afirmou uma fonte à revista. O disco, no entanto, já havia sido anunciado para janeiro deste ano, e não saiu. Em julho de 2010, a cantora disse ao "Metro" que o trabalho sairia em seis meses. Durante a entrevista, Amy afirmou que as músicas soariam muito parecidas com aquelas ouvidas em "Back to black", de 2006.
Na mesma época, no entanto, o produtor Mark Ronson garantiu que as faixas nem haviam começado a ser gravadas. "Amy não começou a trabalhar em seu próximo disco ainda. Quando ela tiver 10 músicas, vamos ao estúdio juntos", destacou
A última música lançada por Amy foi um cover de "It´s my party", incluída em um disco do produtor Quincy Jones, lançado no ano passado.
Também é aguardado para setembro o lançamento de uma participação da inglesa cantando "Body and soul" no novo disco do cantor Tony Bennett.
Biografia
Amy Winehouse nasceu em Londres, em 14 de setembro de 1983, em uma família judia. Começou a ouvir jazz quando ainda era criança e formou a primeira banda aos dez anos. Filha de uma farmacêutica e de um motorista de táxi, com o qual tinha uma relação conturbada, ela cresceu na área de Southgate, no norte de Londres. Seus tios maternos eram músicos de jazz profissional.
Aos 16 anos, Amy passou a cantar profissionalmente. O primeiro disco, "Frank", foi lançado quando ela completou 20 anos e produzido por Salaam Remi. O segundo trabalho, "Black to black", saiu em 2006. O disco foi produzido por Mark Ronson e tinha como banda de apoio os Dap Kings, que também se apresentaram recentemente no Brasil. Foi "Back to black" que consagrou a cantora. O trabalho lhe rendeu cinco prêmios Grammy, o Oscar da música internacional.
Repercussão
Tristeza
"É uma perda muito triste de uma grande amiga, com quem passei ótimos momentos. Dedicarei um show a ela".
Ron WoodGuitarrista da banda Rolling Stones
"Meu coração vai para a sua família. Que a sua alma perturbada encontre finalmente a paz".
Demi MooreAtriz
"Vida de artista é clichê. Ou morre de overdose, ou entra para uma seita ou vive em rehabs"
Rita LeeCantora
SINAIS DA DEPENDÊNCIACantora decepcionou, mas recebeu carinho no Brasil
A tão aguardada passagem de Amy Winehouse pelo Brasil, em janeiro deste ano, prometia marcar a volta por cima da cantora britânica. Os shows de Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo foram as primeiras apresentações da popstar depois de ela ter passado meses afastada dos palcos, tentando se reerguer do abuso de drogas e álcool e dos vexames provocados pelos vícios e escândalos conjugais, que frequentemente eram manchetes dos tabloides.
No entanto, o que os fãs brasileiros viram nos shows foram apresentações curtas, marcadas por uma presença de palco tímida quase sem interação com o público e ofuscadas por alguns momentos constrangedores, como quando a artista esquecia as letras das canções ou não conseguia atingir as notas musicais de seus principais sucessos.
"A gente sentia que ela não estava bem, dava para perceber sintomas de dependência química. Ela tropeçou e saiu do palco várias vezes", conta o publicitário cearense Norton Falcão, que assistiu ao show de Recife, em 13 de janeiro.
A jornalista Virna Macedo, que seguiu de Fortaleza de ônibus só para ver de perto o ídolo no Centro de Convenções Pernambucano, disse que a cantora inglesa "deixou muito a desejar" em pouco mais de uma hora de apresentação. "Parecia que estava faltando alguma coisa. Ela não interagia com o público, não tinha a potência de voz que a gente estava acostumado a ouvir e, muitas vezes, não chegava a todas as notas. Foi muito triste para quem esperava uma cantora do porte como ela", lamenta a fã.
Virna recorda, que apesar da frustração, os fãs brasileiros foram calorosos e histéricos durante todo o show de Recife. Quando a cantora caiu no palco enquanto tentava ensaiar passos acrobáticos de dança, o público evitou as vaias, diferentemente do que aconteceu meses depois na Europa. Eles incentivaram Amy, especialmente nos momentos em que ela bebia em cima do palco. Fosse álcool ou água, pouco importava para a plateia.
"Os brasileiros comemoravam a cada música. Em vez de vaiar, eles vibraram com a queda dela. Toda a plateia foi abaixo", lembrou.
Após saber da morte de Amy, a jornalista que quase desistiu de ir ao show, disse que o momento vai ficar para sempre na memória. "Ela vai deixar um vazio muito grande. Ela realmente não era desse mundo".
COINCIDÊNCIA MÓRBIDA´Clube dos 27´ ganha mais uma integrante
Amy Winehouse passa a integrar um trágico grupo de estrelas da música que morreram aos 27 anos - o chamado "clube dos 27".
Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones, o guitarrista Jimi Hendrix, a cantora Janis Joplin, o vocalista do The Doors, Jim Morrison e Kurt Cobain, líder do Nirvana são alguns outros "representantes" do malfadado grupo.
O primeiro a morrer aos 27 foi Brian Jones, que deixou os Rolling Stones após desentendimentos com os outros membros da banda. Ele enfrentava problemas com álcool e drogas.
Jones morreu afogado na piscina da sua casa em Sussex, sudeste da Inglaterra, em julho de 1969. O corpo foi encontrado pela sua namorada. Um inquérito policial registrou a morte como acidental, mas até hoje especula-se se o músico não teria sido assassinado.
Hendrix, o mago das guitarras e autor de sucessos como "Purple Haze" e "Hey Joe", entrou para o grupo no ano seguinte. Ele se engasgou com seu próprio vômito em um hotel de Londres, em 18 de setembro de 1970, após ingerir pílulas para dormir e beber vinho tinto.
Menos de um mês depois, em 4 de outubro, Joplin morreu também aos 27 anos. Conhecida pelo seu vozeirão estilo blues, a cantora norte-americana morreu possivelmente por uma overdose de heroína. Seu álbum "Pearl" foi lançado postumamente e tornou-se um recorde de vendas.
Em 1971, Morrison entrou para a lista fatal. O vocalista de sucessos do The Doors, como "Light My Fire" e da obra-prima apocalíptica "The End" morreu em uma banheira num hotel de Paris em 3 de julho, obeso e alcoólatra. A causa da morte do "Lizard King´s" (rei lagarto, numa tradução literal) foi divulgada como sendo um ataque cardíaco, mas uma autópsia nunca foi realizada, o que deu origem a teorias da conspiração.
Cobain, que morreu em abril de 1994, enfrentou uma notória e pública luta contra a heroína durante sua breve carreira junto ao grupo norte-americano Nirvana. Mas não foram as drogas, no entanto, que tiraram a vida do guitarrista diretamente.
Poucas semanas após ele sofrer uma overdose de tranquilizantes, Cobain, que era casado com a roqueira-problema Courtney Love, se matou com um tiro de espingarda em sua casa, em Seattle (EUA).
Após a tragédia, sua mãe, Wendy, lamentou: "Eu disse a ela para não se juntar a esse clube idiota".
FONTE: Diário do Nordeste